Recomposição Vegetal da Trilha do Farol

A restauração da Mata Atlântica é fundamental para garantir a integridade ecológica dos ecossistemas e a manutenção da biodiversidade. E, no que diz respeito às áreas costeiras, que são ecossistemas ainda mais sensíveis, atividades que busquem a manutenção das florestas e a preservação ambiental são essenciais.

A SCPAR acredita que a restauração das florestas e a manutenção de áreas verdes públicas deve estar aliada ao cumprimento das normas ambientais a que está sujeita. Assim, a Trilha do Farol foi o local escolhido pela empresa para implementar o plantio de 280 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.

A medida é uma compensação ambiental pelo corte de 140 árvores Pinheiro-da-Austrália, da espécie Casuarina equisetifolia, realizado em 2019 para cumprir determinação da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos Terminais e Vias Navegáveis (CONPORTOS). As casuarinas estavam localizadas na lateral da cerca de divisa da área portuária com a via de acesso ao Canto da Praia da Vila. Cabe destacar que a espécie suprimida é considerada exótica invasora, apesar de comumente avistada em Imbituba, não permitindo que outras plantas nativas se desenvolvam ao seu redor, pois suas folhas caídas formam uma grossa camada em cima de outras sementes.

Trilha do Farol

A Trilha do Farol possui um trajeto de belezas naturais extraordinárias. No entanto, sabe-se que todos os locais explorados turisticamente necessitam de manutenção, visando a preservação ambiental e a restauração ecológica. Nesta trilha existem diversos caminhos que se fragmentam e formam trilhas adicionais, que aumentam o processo erosivo de um solo arenoso e frágil, causando impacto à vegetação e aos animais que ali vivem. O plantio das mudas nativas objetiva reduzir a fragmentação do ecossistema de restinga, melhorando a qualidade ambiental local.

Como foi realizado o plantio das espécies?

Com base em uma lista de espécies que são típicas da Mata Atlântica e que ocorrem em região de restinga, foram selecionadas mudas vigorosas e adaptadas ao ambiente com interferência marinha.

A escolha dos locais de plantio foi realizada com base em estudo das características ecológicas das espécies e das características locais, tais como: presença de solo profundo, menor influência marítima, pré-existência de outras espécies arbóreas. Além disso, priorizou-se locais onde existem muitas trilhas alternativas, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental. Posteriormente os locais pré-selecionados pelo Instituto Nila foram validados pela equipe técnica da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMA) e pela SCPAR Porto de Imbituba.

 

Lista das espécies plantadas:

Espécie NC
Campomanesia guaviroba Guabiroba
Schinus terebinthifolius Aroeira
Psidium sp. Araçá
Alchornia triplinervia Tanheiro
Eugenia uniflora Pitanga
Jacaranda mimosifolia Jacarandá
Tibouchina granulosa Quaresmeira
Erythroxylon pelleterianum Cocão
Eutherpe edulis Palmito juçara
Tabernaemontana catharinensis Jasmim-Cata-Vento
Myrsine umbellata Capororocão

 

Cada muda foi plantada em um berço com dimensões apropriadas, sendo que as mudas também foram avaliadas, quanto ao tamanho de transplante e capacidade de adaptação ao ambiente. Após o plantio, foi colocado um tutor de madeira reutilizada, para auxiliar o pegamento e acomodação das mudas em campo, sendo que elas foram fixadas com fitilho biodegradável.

As mudas serão acompanhadas periodicamente pela equipe técnica do Instituto Nila, contratado para a execução do projeto. Serão elaborados relatórios de monitoramento e de acompanhamento.

Seja você parte do projeto

As pessoas são o componente mais importante para o sucesso de projetos em áreas públicas. Ajude a divulgar a iniciativa e a proteger as mudas plantadas. Não saia das trilhas, e nos avise em caso de necessidade, por meio do e-mail ssma@portodeimbituba.com.br ou pelo telefone (48) 3355-8994.

E lembre-se: “somos parte do meio ambiente e é nossa responsabilidade preservá-lo, para garantirmos um futuro equilibrado”. As florestas desempenham um papel fundamental na garantia da manutenção da quantidade e qualidade da água, influenciando diretamente a qualidade de vida das pessoas. Também desempenham um efeito “esponja”, absorvendo e liberando aos poucos a água das chuvas, alimentando o lençol freático e, por consequência, os cursos d’água.

Pequenas ações podem mudar o mundo. Proteja o meio ambiente.